11 de agosto de 2009


às vezes eu não sei quando é chuva ou quando é choro.

Acordar

Sonhar com você no inverno
é como aguçar a saudade
é como temperar com pimenta moída
e em seguida secar as lágrimas
com as mãos ainda sujas.

Ardência que chuva nenhuma ameniza
vontade grande e grave.

Te escrevo cartas com perfume e música
e os barcos que construo com elas
descem as ruas sem encontrar teu porto
à deriva, sigo esperando o verão.

Sobremesa: "Sossegue coração/ ainda não é agora/ a confusão prossegue/ sonhos a fora". (Paulo Leminski).

8 comentários:

Unknown disse...

Impossível ler enão lembrar da minha saudade cotidiana... Uma saudade tão má de uma pessoa tão boa.
E que venha o verão.

luci disse...

ai, quel, que coisa linda! "às vezes eu não sei quando é chuva ou quando é choro". isso me lembrou a personagem "fernanda" de 100 anos de solidao... quando ele diz que ela nao se importava com a chuva que caia em macondo, porque era como se tivesse chovido a vida toda pra ela. ou qq coisa que o valha. é lindo!

Cleo Barbosa disse...

Ei Raquel!
Que carinho n'alma. Que lindo!
Você não deixou seu e-mail...
Beijo grande!
Cleo
Ateliê de Moda

Cla disse...

Que coisa bonita,Raquel!Bonita mesmo,feito saudade que dói,e feito chuva-choro(o que dói tb pode ser bonito,se for de verdade)
bjo!

L. de Liuba disse...

lindinha, um passeio bom danado, nesse vale...
uma inquietude gostosa feito coceira de bicho-de-pé.
beijo pra vc, quel!

Carolina Queiroz disse...

Tô de volta ao mundo virtual. Tirando a ferrugem e limpando a poeira. (rs)

Igor disse...

Saudades dos post daqui. Volta, Raquel; 2010 já começou.

Igor disse...

só pra dizer que eu VOU participar. pode contar comigo sempre, que eu estava mesmo sentindo falta de um projeto, alguma coisa pra me virar pelo avesso de tempos em tempos. Vou tomar desse chá também, começo a burilar algumas coisas já; amanhã te mando, ou assim que estiver pronto. =DD

Um beijo.