23 de maio de 2005
In her silent way - Joe Sorren
Súplica da alma vazia
Raquel Medeiros
O corpo num silêncio de igreja vazia
O coração, o próprio Cristo-morto
E os bancos onde já sentaram
Homens de coração bom e de coração torto
São os braços que não reagem à apatia
Por força da dor
Que rejeita à razão o segredo da confissão.
Mas sim, há uma redenção!
No olhar, ainda vê-se a beleza dos vitrais
E aquela chama que sinaliza a presença
Mesmo na ausência
Consegue ver beleza nos ais.
Eu suplico
Aquele santo de olhar perdido
Não quero Pai-Nossos como castigo
Para ter o perdão
Quero é que enxergues o quanto estou aflito
E já que és perito
Dá-me logo a salvação!
Sobremesa: "Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir/ pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir/ pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair/ Deus lhe pague." (Chico Buarque)
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