5 de junho de 2004

Ah, o Quintana...

Dia desses leram um dos meus textos e perguntaram o que eu queria dizer com ele. Acho muito sem graça explicar o que significa cada linha escrita. Perde a beleza, aprisiona o conteúdo. A graça - pelo menos para mim - é que cada um receba as palavras e veja nelas algo que ninguém mais vê. Nem mesmo quem escreve. Hoje, o prato principal é do Quintana, e diz exatamente o que penso a respeito disso.

Exegese
Mário Quintana

- Mas que quer dizer esse poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
- E que quer dizer uma nuvem? - retruquei triunfante.
- Uma nuvem? - diz ela. - Uma nuvem umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...

Sobremesa: "Sou o novo/sou o antigo/sou o que não tem tempo/ O que sempre esteve vivo mas nem sempre atento/O que nunca lhe fez falta/o que lhe atormenta e mata". (Mal necessário - Rebeca Matta)

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