19 de junho de 2004

A cor da dor
Raquel Medeiros

Acorda dor. Pois não é que ela me ouviu?! Despertou gritando, acabando com meus tímpanos. “Pare! Pare!”. Nada. “Se não agüenta, então por que chamou?”. Eu prometi que não faria novamente. Deixaria ela quietinha aqui – sabe-se onde – no peito, nos rins, na alma, na consciência. Ela aceitou o acordo, mas demorou pra voltar a dormir.

Sobremesa: "Tudo vermelho/os meus olhos pegando fogo/minha paciência encardida, meu sufoco/eu já quebrei o espelho/terminei meu namoro/tudo vermelho de novo". (Cabidela - Mombojó)

Nenhum comentário: