"Bate outra vez com esperanças o meu coração"... Sim, as rimas estão de volta. =)
Vivo num morro... vivo, não morro
Raquel Medeiros
Morava num barraco rosa
Era uma tentativa de trazer a alegria
Era uma tentativa de trazer poesia
Pra sua vida cheia de prosa.
Seu vizinho era um velho sambista
Que dizia que “as rosas não falam”
Pois no jardim do artista
O perfume da amada, as rosas roubaram.
Januária tinha nome de canção
Aquela pra quem o sol desponta
Pra quem o sol aponta
Uma graça da qual nem tinha noção
Mas ao contrário da Carolina
Januária não esperava na janela
Sabia que pra se encontrar
Precisava ir além da esquina
Sabia que ir além tornava a vida mais bela.
Sobremesa: "Toda a gente homenageia/ Januária na janela/ até o mar faz maré cheia/ pra chegar mais perto dela". (Chico Buarque)
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