15 de julho de 2004

Cofrinho
Raquel Medeiros

Alice comprou um cofrinho. Um lindo porquinho. Tão lindo, que Alice não colocava dinheiro pra não ter que quebrá-lo depois.
Passaram-se semanas e nem uma moedinha no bichinho. Nem 5 centavos. Só pra fazer um barulhinho. O porquinho tinha até pena da Alice, “pobrezinha, não tem sequer uma moedinha pra me deixar feliz”.
Em seu aniversário, Alice ganhou da avó uma generosa quantia em dinheiro. Ao entrar no seu quarto, para sua surpresa, a passagem das moedas no porquinho não era mais nas costas, e nem tão pequena. O pobre coitado, desesperado, abriu a boca o máximo que pôde, e ficou gritando “põe aqui! Põe aqui!”.

Sobremesa: "Money, it's a crime/Share it fairly but don't take a slice of my pie/Money, so they say/Is the root of all evil today/But if you ask for a raise it's no surprise that they're/giving none away". (Money - Pink Floyd)

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