Faz de novo! Faz de novo!
Raquel Medeiros
Hélio, anão de nascença
Que a mãe com descrença
À sorte abandonou.
Não se fingiu de rogado
E pensando ser engraçado
Num circo ingressou.
E como quem da vida muito apanha
Trabalha muito; e pouco ganha
Um dia, Hélio cansou.
"Anda Hélio, vê se esquece esse cansaço
E põe teu nariz de palhaço
Porque o respeitável público já chegou".
Hélio entrou no picadeiro como de costume fazia
Mas no meio do espetáculo rasgou a fantasia
E com a corda bamba se enforcou.
A platéia achou engraçado
No dia seguinte o ingresso vendeu dobrado
Mas Hélio não ressuscitou.
Sobremesa: "Deixa eu brincar de ser feliz/deixa eu pintar o meu nariz". (Todo carnaval tem seu fim - Los Hermanos)
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